Juliana Paes despede-se de Gabriela e desvenda status de furacão sexy

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Estrela global de primeira grandeza, Juliana Paes, veterana das listas de mulheres mais sexy do planeta, despede-se de Gabriela tentando explicar por que é a imbatível preferência nacional, em entrevista ao colunisa da Vogue Brasil Bruno Astuto, que você lê na sequência. Além do papo, Juliana estrela cliques exclusivos sob as lentes de Zee Nunes, edição do diretor de modaGiovanni Frasson e beleza assinada por Max Weber, como você vê ao longo da página, junto com os cliques de making of do shoot.
No momento de nossa entrevista, haviam saído não duas ou três, mas nada menos que seis listas elencando as mulheres mais sexy do Brasil e do mundo, e em todas elas figurava o nome de Juliana Paes. De tão corriqueiro, o fato até deixou de ser assunto para a mídia especializada na vida dos ricos e famosos, ao contrário do que aconteceu quando, tempos atrás, a revista americana People colocou a brasileira pela primeira vez no panteão das cem celebridades mais sexy do ano. “Ah, eu fico lisonjeada, claro. Mas não muda minha vida, levo na brincadeira”, diverte-se, ainda respirando e exalando Gabriela, a mítica personagem de Jorge Amado que ocupou seu corpo e (quase) todos os seus pensamentos nos últimos sete meses. Um dos desafios do papel — além do sotaque baiano e de sua estreia numa trama de época — foi despir-se da montação feminina de cada dia. “Tive de deixar minhas sobrancelhas grossas, tomar sol sem protetor, cortar as unhas, enfim fazer tudo o que uma perua nata como eu jamais faria”, suspira. “Mas quer saber? Gabriela me deu uma liberdade que eu não conhecia. Estou mais desencanada, saindo sem maquiagem, me arrumando mais rápido, me montando menos e ganhando mais tempo para ficar com o meu marido e meu filho. Estou até deixando aparecer meus cabelos brancos, que pinto desde os 20 anos. Virei quase uma hippie”, exagera.

Hippie ou perua, Juliana é um monumento nacional. Durante o ensaio fotográfico destas páginas, uma muralha humana se formou diante dela debaixo de chuva num isolado recanto no pacato bairro da Urca, no Rio de Janeiro. Uns passavem e aplaudiam, sem pedir foto nem autógrafo. “Você me pergunta o que é ser sexy. No Brasil, acho que é ser natural, ter sempre um sorriso no rosto, abraçar quando se tem vontade, suar na pista de dança, estar com o olhar aberto para trocar com as pessoas. Tem coisa mais sensual que isso? Eu não poderia jamais ser daquelas que pedem para respeitar o espaço pessoal”, resume. A surpresa vem quando ela revela que seu maior ícone sexy é a atriz alvíssima, magérrima e australiana tipo nórdica rainha do gelo Cate Blanchett.”Sei que é o meu oposto, mas ela me dá a impressão de ser desprendida. Como Cate, não tenho aquela beleza clássica, plástica. Sou a mulher que você encontraria no supermercado, que está tentando não ter celulite, mas que também quer comer torresmo. Na verdade, sou só uma cafuçu de bem com a vida.”
Livre de Gabriela, seu passatempo preferido é se dedicar a Pedro, de 1 ano e 10 meses, primogênito de seu casamento com o empresário Carlos Eduardo Baptista. “A gravidez foi uma coisa com que eu sempre sonhei. Estou me sentindo mais plena, mais mulher e com uma vida mais divertida. Sou a mãe que sempre vislumbrei ser, bem brincalhona.” Durante a gestação, em que engordou 16kg, diz ter liberado geral pela primeira vez na vida. “Comia o que queria e o que não queria, só de olho grande. Depois que Pedro nasceu, fui perdendo peso aos poucos, sem pressão. Só pensei em malhação quando ele tinha 9 meses”. A vida conjugal pós-primeiro filho? “Ah, deu uma esfriada, né? Levei um tempo para recobrar a libido. Deve ser uma coisa evolutiva, para os pais darem mais atenção ao bebê. Mas, quando recobrei, foi uma festa. É como fazer as pazes depois de um período de separação, só que sem drama”, confessa.
Nascida e criada em Niterói, Juliana foi recepcionista de eventos, ralou em castings para TV e publicidade e fez bicos para honrar os compromissos com a bolsa de estudos da faculdade de marketing antes de estourar no primeiro papel, a empregada doméstica Ritinha de Laços de Família, 12 anos atrás. A partir daí, foi adotada pelo País como um furacão de sensualidade. Gestora disciplinada, Paes acaba de lançar um perfume, Essence, desenvolvido em parceria com o grupo espanhol Puig. “Esse perfume reflete meu momento atual, é uma explosão de vontade de viver. Queria um cheiro de fim de tarde com luz dourada, muitas flores, frutas tropicais e uma bruma úmida. Cheiro de mulher que é pau pra toda obra, que não nega trabalho, não nega diversão, não nega seus amigos. Isso é bem sexy.”
A mãe de Pedro é real, palpável, sabe rir de si mesma. Questiono sua sem-cerimônia em aceitar os rótulos que recaem sobre as gostosonas, sobretudo num País em que as beldades correm dele. “Eu também tive esse medo no começo da carreira e via um monte de gente lutando para provar: ‘Eu não sou sensual, sou cool; não sou sensual, sou atriz; não sou sensual, sou do teatro’. Daí pensei: ‘Ah, você não quer o título de sensual? Então me dá que eu quero.’ E resolvi fazer miséria porque sei que sou mais que isso. Não cheguei até aqui apenas me olhando no espelho.” Isso, Juliana, o Brasil inteiro já sabe.


Créditos : Vogue


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